Clube de Cinema de Porto Alegre - 60 Anos de História
O clube de cinema de Porto Alegre (CCPA) é o mais antigo cineclube do Brasil em funcionamento ininterrupto. Foi fundado em abril de 1948, por iniciativa do jornalista Paulo Fontoura Gastal. Ele reuniu, em torno da idéia, outros jornalistas, escritores e pessoas influentes na vida cultural da cidade.
Todos eram movidos pela paixão pelo cinema. Não apenas só os filmes clássicos, mas também as obras importantes que pintavam nas telas daquela época. Por exemplo, o cinema norte-americano dos grandes mestres – John Ford, William Wyler, Charles Chaplin, Frank Capra, Alfred Hitchcock, Orson Welles e tantos outros. Da Europa de pós-guerra vinham principalmente os filmes do neo-realismo italiano. Uma nova estética cinematográfica, que influenciaria muito a criação de um cinema latino-americano menos superficial e mais preocupado com os problemas sociais e econômicos. Além disso, havia a possibilidade de revisão de obras de diretores já consagrados, como Fritz Lang, Ernst Lubitsch, Sergei Eisenstein, Jean Renoir, isto para citarmos apenas alguns.
Logo de saída, porém, o CCPA apresentou um diferenciativo muito forte em relação ao outros cineclubes existentes no Brasil. Como o Gastal escrevia uma página de cinema quase diária no Correio do Povo, tinha grande amizade com os exibidores e distribuidores locais.
Assim, desde maio de 1948, o CCPA realizava grande parte de suas sessões nas salas comerciais de POA, prática que mantém até hoje, em saudável sistema de cooperação mútua.
Até 1964, quando ocorreu o golpe militar que instaurou uma ditadura no Brasil , o CCPA alcançou grande prestígio na vida cultural da cidade. No início dos anos 60 promoveu grandes mostras retrospectivas no Auditório da Reitoria do Campus Central da UFRGS, como a do cinema russo-soviético, com mais de 40 filmes.
A ditadura militar prejudicou em muito a cultura no país, criando toda a sorte de proibições e censura para entidades culturais liberais, como sempre foi o CCPA. Mesmo assim, resistimos. Os anos sessenta, apesar das contingências marcaram o apogeu do movimento chamado Cinema Novo Brasileiro, com filmes como Deus e o Diabo na terra do Sol, Vidas Secas, O Pagador de Promessas (Palma de Ouro em Cannes, 1962) e Macunaíma. Da França chegavam os filmes da Nouvelle Vague e da Inglaterra o Free Cinema inglês. Depois do AI – 5 (1968), tudo se tornou mais dramático com o agravamento da censura, com a necessidade de um boletim especial de programação. Às vezes, a liberação das sessões só saía poucas horas antes da exibição.
Nos anos oitenta, com o abrandamento do regime militar, o CCPA, junto com o ponto de cinema e outras entidades locais, promoveu vários festivais internacionais, devolvendo as pessoas da cidade o prazer de assistirem filmes de países cada vez mais afastados da programação comercial.
Atualmente, o CCPA realiza uma média de noventa sessões anuais, sempre nos sábados e domingos pela manhã em alguma sala de cinema de Porto Alegre. Participa, como apoiador de mostras realizadas na cinemateca Paulo Amorim, da casa de Cultura Mário Quintana. Realiza também sessões de clássicos, sempre com, debates nos auditórios da Sociedade Germânia e da Livraria Cultura. Dá apoio, inclusive financeiro, em festivais como o Festival Internacional de Verão e o Festival Bourbon de cinema. Organiza excursões para os associados assistirem a mostra Cinematográfica Internacional Del Uruguai realizado pela Cinemateca Uruguaia, sempre na semana santa e o festival de Gramado – cinema latino e brasileiro, que ocorre em agosto. Apresenta os filmes gaúchos – longas, médias e curtas metragens – sempre que possível com a presença dos realizadores. Enfim, pelo jeito, iremos até os sessenta, os setenta e quem sabe alcançar até mesmo um centenário de atividades ininterruptas, promover o prazer de congregar pessoas em torno da exibição dos bons filmes.
Quem viver, verá! (Goida)
Logo de saída, porém, o CCPA apresentou um diferenciativo muito forte em relação ao outros cineclubes existentes no Brasil. Como o Gastal escrevia uma página de cinema quase diária no Correio do Povo, tinha grande amizade com os exibidores e distribuidores locais.
Assim, desde maio de 1948, o CCPA realizava grande parte de suas sessões nas salas comerciais de POA, prática que mantém até hoje, em saudável sistema de cooperação mútua.
Até 1964, quando ocorreu o golpe militar que instaurou uma ditadura no Brasil , o CCPA alcançou grande prestígio na vida cultural da cidade. No início dos anos 60 promoveu grandes mostras retrospectivas no Auditório da Reitoria do Campus Central da UFRGS, como a do cinema russo-soviético, com mais de 40 filmes.
A ditadura militar prejudicou em muito a cultura no país, criando toda a sorte de proibições e censura para entidades culturais liberais, como sempre foi o CCPA. Mesmo assim, resistimos. Os anos sessenta, apesar das contingências marcaram o apogeu do movimento chamado Cinema Novo Brasileiro, com filmes como Deus e o Diabo na terra do Sol, Vidas Secas, O Pagador de Promessas (Palma de Ouro em Cannes, 1962) e Macunaíma. Da França chegavam os filmes da Nouvelle Vague e da Inglaterra o Free Cinema inglês. Depois do AI – 5 (1968), tudo se tornou mais dramático com o agravamento da censura, com a necessidade de um boletim especial de programação. Às vezes, a liberação das sessões só saía poucas horas antes da exibição.
Nos anos oitenta, com o abrandamento do regime militar, o CCPA, junto com o ponto de cinema e outras entidades locais, promoveu vários festivais internacionais, devolvendo as pessoas da cidade o prazer de assistirem filmes de países cada vez mais afastados da programação comercial.
Atualmente, o CCPA realiza uma média de noventa sessões anuais, sempre nos sábados e domingos pela manhã em alguma sala de cinema de Porto Alegre. Participa, como apoiador de mostras realizadas na cinemateca Paulo Amorim, da casa de Cultura Mário Quintana. Realiza também sessões de clássicos, sempre com, debates nos auditórios da Sociedade Germânia e da Livraria Cultura. Dá apoio, inclusive financeiro, em festivais como o Festival Internacional de Verão e o Festival Bourbon de cinema. Organiza excursões para os associados assistirem a mostra Cinematográfica Internacional Del Uruguai realizado pela Cinemateca Uruguaia, sempre na semana santa e o festival de Gramado – cinema latino e brasileiro, que ocorre em agosto. Apresenta os filmes gaúchos – longas, médias e curtas metragens – sempre que possível com a presença dos realizadores. Enfim, pelo jeito, iremos até os sessenta, os setenta e quem sabe alcançar até mesmo um centenário de atividades ininterruptas, promover o prazer de congregar pessoas em torno da exibição dos bons filmes.
Quem viver, verá! (Goida)
Progr. para o próx. final de semana
No próximo Sábado (dia 17/05/2014) na Sala Eduardo Hirtz realizaremos a Assembléia Geral Ordinária as 09h30min (em primeira convocação – começará se houver metade mais um do total de associados pagantes) e as 10h (em segunda convocação – começará com qualquer número de associados).
Depois da sessão, haverá o almoço de confraternização para associados e convidados no Restaurante Tauta (Rua dos Andradas, 804) - Após a Assembléia, será exibido o filme “A Ressurreição de Um Bastardo” (De Wederopstanding van een Klootzak-2013) - No próximo Domingo (dia 18/05/2014) as 10h15min na Sala Paulo Amorim assistiremos ao filme "Alma Gêmea" (Soulmate-2013) .
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